sexta-feira, 28 de junho de 2013

Câncer de estômago: o que é? Quais os fatores de risco? Como são os sintomas? E o diagnóstico e o tratamento? O que fazer para evitar?


Câncer de estômago: o que é? Quais os fatores de risco? Como são os sintomas? E o diagnóstico e o tratamento? O que fazer para evitar?
O que é câncer de estômago?
câncer de estômago é aquele que começa inicialmente nesse órgão, mas pode espalhar-se para outras regiões do corpo, tanto para órgãos vizinhos quanto distantes (metástases). No Brasil, cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer deestômago tem idade superior a 50 anos. O câncer mais comum noestômago é o chamado adenocarcinoma. O adenocarcinoma começa em um dos tipos de células comuns encontrados na parte interna da parede do estômago. Os outros tipos de cânceres gástricos são mais raros. O câncer de estômago está em terceiro lugar na incidência geral de todos os cânceres entre homens e no quinto lugar entre as mulheres.
Quais são as causas do câncer de estômago?
Como com quase todos os tumores, as causas do câncer de estômago não são inteiramente conhecidas. No entanto, sabe-se de alguns fatores que aumentam aincidência desse tipo de câncer, são eles:
  • História familiar de câncer (principalmente de estômago) ou de pólipo gástrico.
  • Gastrite atrófica ou anemia perniciosa.
  • Infecção pela bactéria Helicobacter pylori (bactéria que também pode causar úlceras gástricas).
  • Tabagismo.
  • Certos tipos de carnes, especialmente carnes salgadas, parecem aumentar o risco. Em compensação, frutas cítricas, verduras e leite parecem atuar como fatores de proteção.
Quais são os principais sinais e sintomas do câncer de estômago?
Os principais sinais e sintomas do câncer de estômago são:
  • Dor na “boca do estômago”.
  • Sensação de “estômago cheio”.
  • Emagrecimento.
  • Vômitos com sangue.
  • Azia intensa.
  • Diarreia.
  • Constipação intestinal.
  • Fadiga.
  • Fraqueza.
  • Sangue nas fezes.
  • Dificuldade para se alimentar.
No entanto, faz-se necessário certo cuidado na observação desses sintomas porque, isoladamente, eles podem aparecer também em outras afecções e, se forem negligenciados, eles permitirão ao câncer crescer muito sem ser diagnosticado. Outros sintomas podem ainda aparecer em estágios avançados da doença (caquexiaicterícia, dor à palpação do estômago).
Como o médico diagnostica o câncer de estômago?
Uma primeira suspeita pode ser levantada a partir da história clínica e das queixas dos pacientes. Em seguida, podem ser feitos uma endoscopia, exames de imagens e pesquisa de sangue oculto nas fezes, mas a certeza definitiva do tipo de tumor só é obtida por meio de uma biópsia. A endoscopia é feita através do endoscópio, um fino tubo introduzido geralmente pela boca do paciente, portando uma microcâmera em sua extremidade, que permite a visualização direta do interior do esôfagoestômago e parte proximal doduodeno. Imagens podem ser obtidas, seja por uma seriografia gastrointestinal (série de radiografias doesôfago e do estômago, após o paciente ter tomado um contraste); pela ultrassonografia endoscópica (um endoscópio é inserido através da boca, contendo em sua extremidade uma sonda que emite ultrassons - sons de alta frequência, cujos ecos formam imagens dos tecidos do corpo); pela tomografia computadorizada; pela ressonância magnética ou ainda por meio da videolaparoscopia (um tubo fino e iluminado, contendo uma minicâmera em sua extremidade - laparoscópio, é inserido no interior do abdome através de pequenasincisões feitas na sua parede, permitindo a sua visualização. Pode-se também, em alguns casos, realizar-se parte da cirurgia para tratamento por esse método) ou pelo PET SCAN (um exame que combina a tomografia computadorizada e uma espécie de cintilografia). A biópsia geralmente é feita durante a endoscopia e pode mostrar se as alterações no estômago são ou não câncer e determinar o tipo do tumor.
Como o médico trata o câncer de estômago?
O tratamento é quase sempre cirúrgico, mas a extensão e o tipo da cirurgia dependerão do estágio em que se encontra o câncer. Nos estágios iniciais, o câncer é restrito à mucosa e à submucosa gástricas; em estágios mais avançados, ele pode já ter atingido linfonodos abdominais e mesmo outros órgãos, como ofígado, por exemplo. No primeiro caso a cirurgia é mais simples e oferece uma possibilidade de cura de quase 100%. Nos outros, ela é mais complexa, ou mesmo impossível. Daí a importância de um diagnóstico precoce. Pode ser feita, conforme o caso, uma gastrectomia parcial ou total, com retirada dos linfonodos regionais. Além da cirurgia e geralmente em combinação com ela, podem ser feitas radioterapia (tratamento que utiliza a radiação para matar células cancerosas ou impedi-las de crescer) e/ou quimioterapia (tratamento que usa medicamentos para fazer cessar o crescimento das células cancerosas, matá-las ou impedi-las de se dividir). Se diagnosticado no início, o câncer de estômago tem um bom prognóstico e, em muitos casos, pode ser completamente curado.
E após a cirurgia de câncer de estômago?
Nos dias imediatos que se seguem à cirurgia, o paciente deve ficar sem se alimentar pela boca e depois seguir a dieta recomendada pelo médico; mas aos poucos passará a levar um vida relativamente normal, bastando apenas certos cuidados com a alimentação, tais como:
  • Abster-se de alimentos ou bebidas que causem muitos gases ou que sejam muito condimentados.
  • Evitar frituras e alimentos muito gordurosos.
  • Mastigar bem os alimentos.
  • O álcool, usado com moderação, não está proibido. Deve-se apenas evitar bebidas como as cervejas ou certos refrigerantes, pelo excesso de gases que contêm.
Como cuidar bem do estômago e diminuir as chances de ter um câncer de estômago?
  • Evitar o fumo, alimentos mal conservados, muito condimentados ou muito salgados.
  • Alimentar-se a cada três ou quatro horas, mastigando bem os alimentos.
  • Investigar sempre as causas da dor de estômago e não tomar antiácidos por tempo indeterminado, sem prescrição médica
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